
Pedro Pereira de Paula, na Engenharia pela Democracia
O Brasil se prepara para a promulgação da Carta em Defesa do Estado Democrático de Direito, que será lida em 11 de Agosto no Largo São Francisco e pode ser assinada pelos brasileiros de bem.
A respeito, o Engenheiro Pedro Pereira de Paula tece suas considerações, para concluir com o lema da democracia: Estado Democrático de Direito Sempre!
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Após assinar e divulgar a Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em defesa do Estado Democrático de Direito!, recebi algumas respostas de alguns dos meus contatos que me levaram a escrever este texto.
Escrevi um livro em 2018 para expressar o meu profundo descontentamento com os rumos do nosso país, para falar de algumas das minhas experiências e apresentar algumas questões e sugestões. Eu tenho a certeza que o poder executivo, o poder legislativo e o poder judiciário, nas suas instâncias federais, estaduais e municipais desempenham um papel ativo na formação, desenvolvimento, manutenção e degradação dos nossos problemas, porém, pergunto, o que fazer?
No meu livro procurei conclamar os cidadãos, os leitores, a participar mais ativamente da vida nacional, da vida em sociedade, reclamando o direito de exercer a parcela de poder que lhes cabe. Na nossa Constituição está escrito no parágrafo único do artigo primeiro: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição”.
Assim, tendo em vista o grande distanciamento do povo em geral dos assuntos de interesse público, distanciamento este, muitas vezes, alimentado por setores maliciosos que denigrem a imagem da política. Os políticos, membros do poder judiciário e demais autoridades constituídas é que exercem o poder de fato “em nome do povo”, expressão useira e vezeira nos discursos dos nossos “grandes líderes”, dos nossos “grandes representantes e intérpretes das necessidades e anseios do povo”.
Enquanto isso, nós, o povo, assistimos passivamente, ou sofremos passivamente todas as consequências deletérias de um sistema que tem problemas enormes. Enquanto isso parece que a maioria das pessoas não quer nem ver o que se passa, não quer nem pensar no assunto e, muito menos quer arregaçar as mangas para tentar buscar ativamente soluções, mantendo-se numa postura passiva, submissa e marcada pelo inconformismo, desorientação e pela falta de autoconfiança. É a velha quimera do faz de conta. Faz de conta que se eu não olhar, então a coisa não existe, não me afeta e nem faço parte deste bando de perdedores.” (+1076 palavras, Engenharia pela Democracia)
São Paulo, 31 de julho de 2022.
Pedro Pereira de Paula