
Sergio Fausto e a Fundação FHC trouxeram o economista José Roberto Mendonça de Barros e o engenheiro João Fernando Gomes de Oliveira para expor seus estudos sobre o futuro da indústria no Brasil.
Com base em dois casos reais, os estudiosos procuram mostrar que há no Brasil um setor industrial que se desenvolve à margem de benesses oficiais, mesmo reconhecendo que, de um modo geral, a indústria está se enfraquecendo no país.
Segundo eles, é comum às “empresas industriais de sucesso” o esforço consistente na busca da produtividade (relação entre o valor da venda e o que se gasta na sua produção), com base no progresso tecnológico; a ligação internacional das empresas nas pontas de exportação e captação de financiamento e tecnologia; e boa estrutura de capital.
Avançam setores que agregam valor à produção primária agrária e mineral e de energia limpa; sempre contando com a pesquisa tecnológica no Brasil, cujas 70 unidades investem R$ 1,7 bilhão em projeto e já produziram mais de 600 patentes industriais.
Dois engenheiros brasileiros ilustraram o debate com a apresentação das empresas que conduzem.
Vitor Araújo Santos é cofundador e diretor de tecnologia da Aeris Energy.



Instalada no Ceará, em meio aos parques eólicos da região Nordeste, a Aeris fornece as pás aos equipamentos de montadoras de torres de energia que detêm 90% do mercado global – fora a China. Delas, só uma, a WEG, é 100% nacional. Vitor contou como, em dez anos, aprenderam a fazer a pá e se integraram à cadeia internacional de produção, captando um bilhão no mercado de capitais para ampliar o seu parque fabril e investir em novos processos de geração de energia limpa e de controle da própria produção.
Fernando Fernandes é diretor executivo da centenária Companhia Lilla de Máquinas Indústria e Comércio.



O antigo torrefador de café de Ourinhos, no interior de São Paulo, começou por fazer suas próprias peças de manutenção, dada a dificuldade de importação observada na segunda guerra mundial. Depois, passou a prover seus concorrentes, seus sucessores criaram novas patentes em parceria com a Escola Politécnica da USP e hoje a Lilla fornece praticamente toda a planta de torrefação de grãos ao Brasil e a países nos cinco continentes.
Comentaram os casos a economista e advogada Elena Landau, que espera de uma política industrial a multiplicação dos empregos, o aumento da renda média e da produtividade e a formação de um capital social no Brasil, e o engenheiro Wilson Bricio, da Associação de Engenheiros Brasil-Alemanha.
Os casos apresentados não são únicos, garante o professor da USP Mendonça de Barros; abarcam, ao menos, a terceira parte da indústria nacional remanescente no Brasil
Mas certamente se o apoio estatal à ciência, engenharia e indústria nacionais fosse maior – lembrar que, no essencial, o ensino superior e a pesquisa são públicos – projetos como o motor a ar comprimido, desenvolvido no Espírito Santo, talvez não fosse industrializados no exterior, mas por aqui, tornando o Brasil autossuficiente ante a importações instáveis e provedor do mundo com o fruto da inteligência nacional.
Parabéns !!!!!!
Agora usou boas fontes para concluir que o DIFERENCIAL não é a INDÚSTRIA …. o DIFERENCIAL é a TECNOLOGIA!
Observe que o importante é TERMOS CENTROS de DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO …..
As PÁS dos GERADORES EÓLICOS fazem sucesso pois são EFICAZES ….. TECNOLOGICAMENTE avançados ….
Assim … o FOMENTO deve ser focado no DESENVOLVIMENTO deTECNOLOGIAS …… a indústria tendo fonte …. se alavancará no mercado.
PAULO MARCOS
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