
UM TRIBUTO
Anita Waingort Novinski foi doutora em História e professora da Universidade de São Paulo. De acordo com Eva Blay, era “generosa e disponível, grande professora, marcou a USP de forma significante”. E foi pioneira na historiografia dos judeus no Brasil que, segundo o samba famoso, “começou nas Caravelas de Cabral”.
No Brasil e em Portugal, Anita percorreu a trilha dos cristãos novos em inspirador estudo da imigração marrana, informou Maria Luiza Tucci Carneiro. Arrojada, organizou os primeiros congressos acadêmicos sobre a Inquisição, a Escravidão e o Holocausto, reveladores da ligação entre os tristes fenômenos. Inspirou também a construção do Museu da Tolerância, para ensinar as novas gerações sobre a convivência.
Anita sempre foi aberta aos projetos de seus alunos e parceiros pesquisadores, lembrou a jornalista Diane Kuperman. Entre muitas situações, ajudou a demover a ideia de que os judeus não participaram do descobrimento do Brasil, resultando no seminário internacional realizado por ocasião dos 500 anos da chegada dos portugueses ao futuro país.
Daniela Levy resumiu Levinski como educadora e difusora do conhecimento. Registrou duas frases que resumem quem foi a historiadora brasileira: