Há mais de meio século categorias profissionais conquistaram o piso salarial como garantia contra a super-exploração do seu trabalho. A tentativa de reduzir os salários de engenheiros, agrônomos, químicos, arquitetos e veterinários tem objetivo de prejudicar não só os que adotam as carreiras, mas principalmente o desenvolvimento tecnológico autônomo do Brasil, pelo desestímulo ao estudo e prática das profissões.
Se puderem, os inimigos do trabalho vão intentar contra o próprio salário-mínimo brasileiro, hoje a quinta parte dos R$ 5.5 mil calculado para uma vida decente em família.
Salário mínimo para formados em Agronomia, Arquitetura, Engenharia, Química e Veterinária, em vigor há 55 anos, é extinto por medida provisória que tem o objetivo de facilitar a abertura de empresas; categorias querem reverter a decisão no Senado
A Câmara dos Deputados revogou o piso salarial para os formados em Agronomia, Arquitetura, Engenharia, Química e Veterinária em vigor desde 1966. Agora, os conselhos federais dessas categorias se mobilizam para reverter a medida no Senado e cogitam até mesmo judicializar a questão.
O texto final da medida provisória (MP) 1.040, com o objetivo de facilitar a abertura de empresas, aprovado pela Câmara em votação simbólica no fim de junho, conta em seu artigo 57 com um “revogaço” de 33 leis ou trechos de leis. Entre elas, o relator Marco Bertaiolli (PSD-SP) incluiu a revogação da Lei nº 4.950-A, que garante o piso salarial dessas cinco categorias. Para os formados em cursos…
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