Em entrevista ao escritor inglês H.G. Wells, Stalin opinou que as atenuantes à exploração capitalista tornam a vida um pouco mais confortável, mas não resolvem o problema da vida da espécie humana.
Ao invés de se distribuir o lucro – aquela parte do preço pago pelo consumidor que não chega aos bolsos do produtor -, os sucessores de Schwarzeneger, o ex-governador da Califórnia que, no mundo do cinema, ficou famoso pela série O Exterminador do Futuro, propõem tirar mais um pouco do salário pelo trabalho para “criar um fundo profissionalmente administrado” pelo governo, que custeie os serviços públicos prestados aos mesmo trabalhadores que nele investem compulsoriamente. Algo parecido com o FGTS, o FAT e a Previdência Social brasileiros, mas sem regra de saque das cotas individuais.
Socializa-se os custos públicos e condiciona-se a sua prestação aos resultados da especulação tão própria do capitalismo de hoje.
Como relata a colunista do Financial Times, parece para Dalio e Stiglitz correta a mistura, mas não resolve o problema da acumulação e concentração da riqueza financeira no mundo.

Capital para o povo | Opinião | Valor Econômico 22/06/2021 –
Rana Foroohar é colunista e editora do Financial Times em Nova York. Ela defende uma mistura de capitalismo e socialismo como correta para nossa época. A pré-distribuição é apoiada por aliados tão improváveis quanto o gestor de fundos hedge Ray Dalio e o economista de esquerda Joseph Stiglitz.
A ameaça de aumento dos impostos e uma atmosfera política pregando que “os ricos devem pagar essa conta” levaram alguns moradores ricos do “Estado Dourado”, incluindo vários empreendedores do setor de tecnologia, a buscar terrenos mais favoráveis, como Austin e Miami. Isso, por sua vez, despertou temores de uma fuga de capital maior com impacto sobre a base fiscal do Estado, como também sobre o crescimento e a inovação que fizeram da Califórnia a quinta maior economia do mundo.
É uma situação inquietante. Embora hoje em dia ninguém tenha muita simpatia…
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A lógica do mercado impera. Não me espanta. Triste é ver que poda-se a livre inteligência da esquerda rapidinho, e lideranças logo passam a apoiar tais iniciativas, sem combaté.
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