Os Partizans – Guerrilheiros Judeus da 2ª Guerra

Todos os anos a Casa do Povo rememora os insurgentes judeus do Gueto de Varsóvia e aqui eu presto minha homenagem a eles.

Mordechai Anielevicz e companheiros decidiram resistir às tropas nazistas em 1943, não com a esperança de vencê-las definitivamente, mas para, pelo menos, terem uma morte digna e consciente, com orgulho e auto respeito.

Aqueles Partizans resistiram aos nazistas por pelo menos três meses, mais do que a França, a Holanda e a Polônia juntas. Tinham armas improvisadas, muito inferiores às das cruéis tropas alemãs, mas tinham o coração valente e inscreveram seu nome na história, como seres humanos e como judeus.

Recordo aqui algumas palavras do líder Mordechai Anielevicz: “A luta mais difícil de todas é a que temos dentro de nós. Não vamos nos acostumar e ajustar a essas condições. Aquele que se ajusta, deixa de discriminar entre o bem e o mal. Ele se torna um escravo de corpo e alma. Aconteça o que acontecer com você, lembre-se sempre: não se ajuste! Revoltemo-nos contra a realidade!

E também da combatente Tuvia Boryskowski, que esteve ao seu lado: “A batalha na rua Niska nos encorajou. Pela primeira vez, desde a ocupação, vimos os alemães colados às paredes, engatinhando no chão, correndo para se cobrir, hesitando antes de dar um passo, com medo de ser atingido por uma bala judia. Os gritos dos feridos nos deram alegrias e aumentaram a nossa vontade de lutar.”