
Não é preciso ser cristão para apreciar o papado de Francisco. Se antes o argentino havia brindado o mundo com a Economia de Francisco – o xará, de Assis, clama agora por um mundo pós-pandêmico solidário, atento à superação das desigualdades socioeconômicas e a conservação de uma atmosfera e bioma agradáveis à espécie.
O DW Brasil, sucursal da empresa de notícias alemã, traz um resumo de a obra de 3 de Outubro que intitula este artigo, a carta encíclica Fratelli Tutti sobre a fraternidade e a amizade social.
Em sua crítica ao neoliberalismo, “o papa denunciou as ‘teorias mágicas’ do capitalismo de mercado que se apresentam como ‘única solução para os problemas do mundo'”, registrou do DW. O tradicional periódico registrou também a pontífice esperança em um caminho diferente do trilhado pelas finanças em 2008: o “papa condenou ainda a ‘especulação financeira’, marcada por uma ‘ganância do lucro fácil’, e defendeu a necessidade de uma reforma da ONU e da ‘arquitetura econômica e financeira internacional'”.
O documento também trata do reacendimento do ódio entre as pessoas. Francisco “criticou também o ressurgimento de populismos, racismo e discursos de ódio, lamentando a perda de ‘sentido social’ e o retrocesso histórico que o mundo está vivendo. ‘A história dá sinais de regressão. Reacendem-se conflitos anacrônicos que se consideravam superados, ressurgem nacionalismos fechados, exacerbados, ressentidos e agressivos'”, segue o DW, para acrescentar que o “papa pediu que os países abandonem o ‘desejo de domínio sobre os outros’ e que adotem uma política ‘o serviço do verdadeiro bem comum'”.
A ordem orientadora da prática católica é universal. Da tradição judaica é muito conhecida a canção Ale Brider, que outra não é a tradução que Fratelli Tutti. E, como disse Sidharta Gautama, “só há dois dias em que nada pode ser feito, o ontem e o amanhã”.

Portanto hoje é dia de fazermos o mundo imaginado por Lennon e lindamente cantado por Louis Armstrong.
Nossa casa comum livre do neoliberalismo e do fascismo! Vivendo em paz, irmãos! Mãos à obra!
Reproduzido na Hora do Povo.
Iste é o que todos queremos, paz, fraternidade, amor incondicional, mas muitas vezes não sabemos como agir dentro do emaranhado cultural e da história mal contada.
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