Dois aspectos importantes também foram tratados no debate:
a) a gestão privada monopolista prima pela redução de custos de mão de obra ou, se possível, pela sua eliminação. Quantos brasileiros deixariam de lado o uniforme azul e amarelo, sinônimo de notícias, não se sabe. Mas José Pascoal Vaz lembrou da compra, também a preço vil, da Cosipa pela já privada Usiminas: 4.500 metalúrgicos foram demitidos e parte da produção descontinuada, com forte impacto econômico negativo na região; e
b) o Fundo de Previdência Complementar dos Funcionários dos Correios – Postalis – viu-se com saldo negativo após operações sob investigação não só das autoridades reguladoras como da própria Polícia Federal. O rombo está sendo coberto pelos participantes, enquanto a lide não é concluída. Um dos investigados é o Ministro Paulo Guedes, que antes de assumir a pasta operava no mercado correspondente. Foi destacado pelos debatedores o nítido conflito de interesses na condução de um eventual processo privatista, que se somaria ao desmonte de Estado da política geral do governo federal.
A Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios está trabalhando, em conjunto com inúmeras outras entidades, pelo esclarecimento de parlamentares e da sociedade brasileira sobre os riscos das perdas que o Brasil pode ter na qualidade dos serviços de comunicação e na segurança nacional, ao que somamos esta nossa contribuição.
Somos todos pelos Correios.