
Há alguns dias circula pelas redes sociais um poema apócrifo sobre as qualidades do “palhaço” que endurece o “diabo”, fazendo uma tosca comparação entre um par de personagens presidenciais.
Para não deixar dúvidas, o “palhaço” tem “quartel e esquadra de apoio”, enquanto o “diabo” “bebe que nem um gambá e aguarda condenação”.
A indicação de “ministros por critérios técnicos”, motivo de esperneio pelo “diabo”, merece vários novos versos:
A Ministra vai conter os estupros em Marajó fabricando calcinhas baratinhas…
O Ministro planificou a Terra…
O Secretário complementava a renda com um contrato privado com a própria Secretaria…
O Presidente da Fundação Palmares demite funcionários negros…
Mas mesmo assim o “palhaço” é “amado, livre e solto” pela gente sofrida do nosso Brasil.
O populismo financeiro do “palhaço” tampouco resiste à análise mais rasa:
A bolsa-Selic aumentou a mesada do diabo em 80 milhões…
A tabela do IRPF foi congelada e mais um milhão de pobres passam a contribuir involuntariamente com a farra dos juros…
A previdência foi reformada e o dólar caminha igualmente para cinco reais…
Custos que nem o diabólico vírus explica, mas os motoristas vão economizar uma pizza por ano no seguro contra terceiros. Mesmo pilotando motocicleta sem capacete…
O trato da nossa maior empresa, que “vida nova” recebe do “palhaço” após quase ser quebrada pelo “diabo”, merece um verso exclusivo:
A internacionalização do preço da gasolina, em tempos de dólar alto, faz a Petrobras exportar cru e importar refinado, a vida que o diabo gosta.
Ensina o dito popular que o caminho do inferno é cheio de boas intenções, até inaugurações e promessas de transposições.