O aparente pessimismo de Oreiro, implícito no título da matéria, é na verdade contundente análise de que estamos no caminho errado, de olho no queijo da “Armadilha da Pobreza”. A mediocridade do PIB e a redução geral dos salários, com mais ênfase hoje no setor público, daqueles que prestam serviços indistintos a toda a população, não só à parcela cada vez menor que pode contratar às suas expensas, não aponta para um crescimento sustentável. Afinal, nem tudo o que reluz é ouro.
Entre 1980 e 2014 a economia brasileira cresceu a um ritmo médio de 2,81% a.a, segundo dados do IPEADATA (série PIB – preços de mercado – var. real anual – (% a.a.) – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Sistema de Contas Nacionais (IBGE/SCN Anual) – SCN10_PIBG10). A Grande recessão iniciada no segundo semestre de 2014 (a respeito das causas da grande recessão brasileira ver http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142017000100075) produziu uma queda acumulada de 6,70% no período 2014-2016. Formalmente a economia brasileira sai da recessão em 2017, ano que apresentou um crescimento de 1,32% do PIB, valor 53% inferior a tendência de longo-prazo para o período 1980-2014. Em 2018 o crescimento foi de 1,31%, repetindo assim o desempenho de 2017, e ficando novamente abaixo da tendência de longo-prazo.
Esse não é o comportamento esperado para economias que saem de um processo recessivo. A teoria econômica convencional exposta na imensa maioria dos livros…
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