O vulcão do Macuco

Quem conta um conto, aumenta um ponto, diz o ditado. Este consta da página da própria Prefeitura de Santos, cidade-sede do bairro onde o fenômeno teria ocorrido, bem como terra da loira no banheiro do Colégio Canadá e do Fantasma de Paquetá

Até mesmo a mãe-natureza está presente nas lendas do folclore de Santos. Dessa vez, o episódio ocorreu no bairro Macuco, quando uma obra em prol do saneamento da Cidade, em 1896, resultou na erupção de um ‘vulcão’.

 As intervenções, que contavam com escavações no solo do bairro, deram um susto na população em uma das manhãs daquele ano. Uma das crateras passou a jorrar água escura, acompanhada de pedras, fumaça e chamas amareladas que atingiam mais de dez metros de altura.

O fenômeno natural, que podia ser visto até do bairro Vila Nova, era temido por parte dos moradores, enquanto outros vinham de longe assistir ao espetáculo inédito. A notícia do vulcão subiu até mesmo a Serra, trazendo turistas da Capital a Santos para conferir o acontecido com os próprios olhos. A atividade do vulcão cessou após cerca de um mês e, tempos depois, algumas explicações científicas em relação ao fato foram apresentadas.

“Nesta lenda também entra o imaginário popular. Isto porque, na verdade, o que aconteceu foi que o lixo despejado nesse local por um longo tempo se deteriorou a ponto de gerar gás metano, que é inflamável. Como os munícipes, na época, não tinham este conhecimento, pensaram que ali havia um vulcão. Do jeito que o episódio foi sendo contado, acabou se transformando numa lenda urbana”, explicou o historiador da Fams.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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