O comércio exterior do Brasil

A Secex do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior registra mensalmente os números monetários das transações de exportação e importação do país, agregados pelos setores agropecuário, extrativo e industrial de transformação.

Os valores alcançados de janeiro a novembro de 2023, em milhões de dólares dos EUA e da ordem de 17% do PIB, confirmam o senso comum de o saldo positivo da balança comercial do Brasil dever principalmente à atividade primária.

Não obstante o relativo equilíbrio das vendas externas do Brasil em relação ao ano anterior, as compras foram significativamente menores nos onze meses do estudo. Os saldos da agropecuária e indústria extrativa foram bastante positivos, mas a indústria de transformação mostrou-se deficitária em mais de 15%.

No primeiro segmento a soja responde por dois terços do movimento, com destaque ainda para o milho e o café não torrado, enquanto que o petróleo bruto e o minério de ferro ocupam quase toda a pauta exportadora do segundo. Noté-se que o Brasil exporta e importa o mineral líquido, com saldo positivo de USD 30 bilhões no item.

Os grupos de produtos mais destacados da indústria de transformação mostram que itens de maior valor agregado e conhecimento embutido, como medicamentos, veículos, máquinas e seus componentes, lideram as importações, enquanto que o simples beneficiamento dos cereais e do petróleo comandam as exportações.

Produção de farelo de soja (Foto: Globo Rural)

Os grupos de produtos mais destacados da indústria de transformação mostram que itens de maior valor agregado e conhecimento embutido, como medicamentos, veículos, máquinas e seus componentes, lideram as importações, enquanto que o simples beneficiamento dos cereais e do petróleo comandam as exportações.

Os parceiros comerciais mais destacados são a China, com quem o Brasil tem superavit, os EUA, a União Europeia e a Argentina, que gozam de relativo equilíbrio nas trocas internacionais.

O caminho para a melhora do quadro passa, como afirmou o presidente Lula, por trabalho “mais intensivo em conhecimento”, ou seja, avançar na industrialização local das partes dos meios de produção e bens de consumo hoje adquiridos fora do país.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo e da Engenharia pela Democracia, conselheiro da Casa do Povo, Sinal, CNTU e Aguaviva, membro do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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