Muitas imagens têm circulado na internet sobre a evolução dos preços da gasolina, do etanol e do diesel, merecedoras de algumas considerações.
Desconsideremos, por um instante, as promessas eleitoreiras do atual mandatário da República e partamos dos preços praticados em Julho de 2019, seis meses após a sua posse no Planalto (quadro abaixo).


As metas de inflação são determinadas pelo próprio governo, no Conselho Monetário Nacional. Assim, é de se considerar que o aumento médio esperado de preços para os três anos decorridos até junho de 2022 é de 7,3%.
Por evidente, quando o governo começou não se anteviam os efeitos econômicos internos da pandemia do coronavírus nem das operações militares na Ucrânia, mas para mitigar os danos o Brasil conta com uma Administração pública capaz de, no limite, redefinir as metas de governo.
A expectativa oficial de inflação prevê um faixa de 3% em torno do centro da meta. Assim, nos referidos três anos, a tolerância governamental à subida de preços foi de 17%, sendo 12% a média esperada.
Assim, o preços do litro da gasolina deveria estar entre R$ 4,70 e R$ 5,12, mais ou menos o dobro da promessa de campanha; o diesel, se igualmente o governo fosse capaz de cumprir suas próprias metas, custaria entre R$ 3,81 e R$ 4,16 o litro, enquanto que o etanol estaria entre R$ 2,98 e 3,25.
Não é o que aconteceu. A recente baixa dos combustíveis fósseis foi creditada à redução , pelo governo federal, de impostos que não lhe dizem respeito, sacrificando a educação e a saúde pública bancada por Estados, DF e Municípios.

Sobre o poder de compra do combalido salário mínimo, basta ir ao posto para saber que a situação em 2022 não melhorou para o cidadão exercer o seu direito a ir e vir.
Um comentário em “O preço dos combustíveis”