
A saúde coletiva é um campo de atuação multidisciplinar resultante da integração entre as ciências biomédicas e as ciências sociais. Ela surge das interações sociais e econômicas com o meio ambiente e da avaliação de como as condições de salubridade de uma comunidade são afetadas por essas relações.
A ideia de saúde coletiva emerge a partir da contestação dos paradigmas de saúde existentes nos anos 1970, não apenas no Brasil, mas em quase toda a América Latina. O resultado foi o surgimento de um movimento sanitarista que culminou com a reforma sanitária brasileira.
Esse movimento trouxe novas formas de pensar a saúde e o bem-estar da população. Na verdade, a saúde passa a compor um conceito mais amplo, que leva em conta também a busca por melhor qualidade de vida.
De modo geral, o principal objetivo da saúde coletiva é investigar as variáveis sociais por trás da origem das doenças. Desse modo, torna-se possível construir um planejamento de forma mais consistente, assim como organizar a assistência prestada pelos serviços de saúde.
As propostas resultantes da reforma sanitária no Brasil produziram como resultado direto a importância da universalidade do direito à saúde. Abraçada pela Constituição de 1988, originou, finalmente, o Sistema Único de Saúde (SUS).
Assim, adotando perfis sanitários mais condizentes com as características culturais e as necessidades de cada região, o alcance é mais efetivo. Políticas de saúde bucal, programas de atendimento às doenças sexualmente transmissíveis (DST), assim como a viabilização de práticas sanitárias básicas nas comunidades mais carentes, entre outros, caracterizam os objetivos da saúde coletiva.
As informações deste artigo constam do Guia Rápido sobre a Saúde Coletiva. que Bárbara Galan preparou para a Beecorp.