Agora é a vez do cafezinho

Com informações da Hora do Povo

A alta de até 40% nos supermercados deriva dos “preços internacionais” e da “alta do dólar”, privando os produtores de terminar bem a refeição.

Depois do feijão com arroz, outra tradicional combinação do brasileiro vai ficar ainda mais cara. Trata-se do café com leite. O café deve chegar à mesa das famílias brasileiras entre 35% e 40% mais caro em setembro, antecipam estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O impacto das condições climáticas nas safras contribui para a inflação do produto, mas é a política econômica que dirige a produção para as exportações o principal fator para os preços proibitivos.

Dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-USP) mostram que a saca de café arábica tipo 6 estava sendo comercializada a R$ 1.032,50 neste mês. Há um ano, o valor da saca era de R$ 566,51.

“Com tudo isto, a indústria é pressionada a repassar o preço ao varejo”, acrescentou Inácio, destacando que, entre dezembro de 2020 e julho de 2021, os custos da matéria-prima utilizada no plantio aumentou, em média, 82%. Já o preço do café, segundo ele, subiu, nas prateleiras, cerca de 16%, enquanto outros produtos alimentícios considerados básicos, como o arroz e o óleo de soja, também dispararam. “Mas este aumento de 35% a 40% que estamos estimando é considerando o momento atual”.

A safra atual deve ser 22,6% menor do que na temporada anterior, o que, segundo especialistas, não será nenhuma novidade. A principal característica do cultivo do café é a bienalidade, ou seja, já prevê um ano de alta produtividade, intercalando com outro de menor volume. O que mudou é a falta de prioridade para o mercado interno. Em um período de geadas e secas, que segundo estimativas do próprio Ministério da Agricultura atingiu cerca de 200 mil hectares de cafezais, o planejamento estratégico é fundamental. (+196 palavras, Hora do Povo)

Se o bom senso recomenda primeiro separar a parte imprescindível ao consumo próprio para depois trocar a produção excedente, por que não fazemos isso? É vantagem para quem?

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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