Balcão de negócios elege Lira e desmascara de vez a “nova política” de Bolsonaro

Informações apontam que foram gastos do orçamento cerca de R$ 3 bilhões em emendas pagas aos deputados para votar no candidato bolsonarista

Marcos Verlaine, na Hora do Povo

A julgar pela compra das vacinas do Butantan, há o risco, para os negocistas, de a fatura não ser paga pelo Executivo, encurtando a vida do estelionato congressual.

Leia a cobertura completa:

Por meio de métodos outrora condenáveis por parte do presidente Jair Bolsonaro — o velho e surrado toma lá dá cá — foi eleito para presidir a Câmara, no próximo biênio 2021/22, o deputado Arthur Lira (PP-AL), que liderou os setores mais fisiológicos do “Centrão” até o momento da vitória.

Bolsonaro revolveu “mundos e fundos” para viabilizar Lira. Informações apontam que foram gastos do Orçamento público cerca de R$ 3 bilhões em emendas pagas aos deputados para votar no candidato bolsonarista.

Esta eleição para a presidência da Casa implodiu de vez o falso discurso governista de “nova política”, isto é, que pretendia romper com velhos métodos da política parlamentar de troca de favores para votar matérias no Congresso. Até porque Bolsonaro nunca representou o novo no Parlamento. Ao contrário.

Na reta final do processo houve muitos imprevistos no bloco liderado pelo deputado Baleia Rossi. No domingo (31), dia que antecedeu a eleição, o DEM, partido do deputado Rodrigo Maia (RJ), a quem Lira sucedeu, foi surpreendido por movimento da bancada para apoiar o candidato oponente do emedebista. (+674 palavras, Hora do Povo)

Lira foi eleito no primeiro turno com 302 votos. Seu oponente direto, Baleia Rossi (MDB-SP) obteve 145. Fábio Ramalho (MDB-MG), com 21 votos; Luiza Erundina (Psol-SP), com 16 votos; Marcel van Hattem (Novo-RS), com 13 votos; André Janones (Avante-MG), com 3 votos; Kim Kataguiri (DEM-SP), com 2 votos; e General Peternelli (PSL-SP), com 1 voto. Também foram registrados 2 votos em branco.

Leia também: “Bloco de oposição sai fortalecido”, avalia Luciana Santos.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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