Fernando Nogueira da Costa recapitula seus estudos sobre a conformação do sistema financeiro nacional, mesclando serviços oferecidos, desenvolvimento tecnológico e a atuação dos banqueiros em nosso país.
A história que conta ilustra como interagiram “bancões” e “banquetas” na construção dos produtos bancários por estes e concentração das operações por aqueles.
Se a inovação e a concorrência têm o condão de empurrar os preços para baixo, quando o sistema se resume poucos gigantes juros e tarifas sobem. Facilitados pela intimidade com que seus banqueiros conversam com as autoridades, sempre no interesse da sociedade de que fazem parte, em geral anônima.

No passado, jornal no dia seguinte só servia para “embrulhar peixe”. Aí, os peixeiros inovadores, para provar o peixe ser fresco, passaram a embrulhar com o jornal do dia!
Hoje, jornais impressos estão deixando de ser lidos. E os digitais só têm suas manchetes lidas com vista-d’olhos em smartphones ou tablets. Mas seus arquivos digitais servem como fontes primárias preciosas para qualquer pesquisador da história recente!
Nos anos 70, pesquisei as fontes primárias impressas, para escrever minha dissertação de mestrado – “Bancos em Minas Gerais (1889-1964)”, em bibliotecas públicas e privadas de bancos, arquivos públicos, coleção completa da Revista Bancária Brasileira – RBB, fundada em 1933. Tudo em papel. Exigia viagens e hospedagens para levantar as fontes impressas, xerocar, calcular e escrever à mão.
Nos anos 80, fui convidado a estudar o caso Banespa. Em 1986, ele comemorava 60 anos desde quando foi estadualizado. Passou de Banque de…
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