José Luis Oreiro e Vitor Dota trazem um cenário preocupante no Brasil, de efeito por gerações. A solução apresentada não é medida pelos 7-8 anos dos chineses projetam dobrar a renda média da população, mesmo dos 10-12 anos em que, na era Vargas, o Brasil fazia isso, mas de um projeto de sobrecarga fiscal financiadora do Estado de bem estar social capaz de encurtar a meta de 175 para 30 anos – uma vida inteira de trabalho para ter o dobro do que tinha quando começou.
José Luis Oreiro*
Vitor Dotta**


A pandemia de Covid-19 está sendo causando sérios impactos no Brasil e no mundo. Medidas de distanciamento social no país acrescidas da segunda onda do vírus na Europa, que está forçando novos confinamentos, demonstram que mesmo com uma vacinação em massa durante o ano que vem, a economia mundial continuará letárgica e os países ainda sofrerão com alto desemprego, elevados déficits fiscais e elevadas dívidas públicas para arcar com transferências de renda para as famílias e setores mais vulneráveis.
Dentre os países em desenvolvimento, a queda esperada do PIB no Brasil será substancialmente menor, basicamente devido a extensão e magnitude do auxílio emergencial aprovado pelo congresso nacional, que em certas regiões foi responsável por proporcionar uma massa salarial maior do que a prevalecente pré-crise. Deve-se ressaltar, contudo, que a economia brasileira irá terminar o ano de 2020 com um nível de PIB cerca…
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