O Instituto Milleniun é um centro de estudos provedor não só de ideias, como também de quadros ao atual Ministério da Economia. Como demonstra Oreiro, não parecem seus integrantes muito afeitos à verdade como fonte de suas justificações especulativas.
Como apontou um colega do Banco Central, difícil separar, no material retratado, ignorância e ma fé.
É notório que o gasto público social no Brasil é diminuto, muito aquém das necessidades de quem é mais vulnerável, mas igualmente contribui com a construção do país. Imaginar a assistência social sem assistentes – os servidores públicos – é apenas a expressão do desejo de acumular mais dinheiro sem fazer força.
O Instituto Millenium em seu estudo comparando o gasto com servidores públicos versus gasto com saúde e educação avançou no terraplanismo econômico ao retirar dos gastos com educação e saúde os salários dos servidores das áreas de educação e saúde (o “estudo” pode ser visto aqui: https://campanha.institutomillenium.org.br/wp-content/uploads/2020/08/Reforma-administrativa-Vers%C3%A3o-final.pdf ).
No universo paralelo dessa turma os doentes tratam a si mesmos nos hospitais e os alunos dão aula pra si mesmos nas escolas e universidades. Os gastos com saúde e educação são gastos apenas com capital físico, não com trabalho. É muita picaretagem ideológica travestida de “estudo”.
Qualquer pessoa com mais de dois neurônios e não comprometido ideologicamente com a tese do “Estado Mínimo” sabe que os serviços públicos de saúde, educação, segurança e defesa são prestados por médicos, enfermeiros, professores, policiais, bombeiros e militares. Não tem como prestar esses serviços sem “gastar” com salários de servidores públicos. Dessa forma é um…
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