
Da pena de Margarita Rodríguez (BBC News Mundo) veio o artigo sobre a história e atualidade do austríaco Joseph Schumpeter, analista da evolução do capitalismo na primeira metade do século passado.
Mestres de universidades estadunidense o citam como Freud e Darwin da Economia capitalista. Vários de seus colegas de hoje chegam a predizer os tempos atuais como o “século de Schumpeter”.
De comum com Marx, a predição do fim do capitalismo. De oposto, por assim dizer, a causa: sucesso, não contradição intrínseca do modo de relação econômica.
O que os professores espanhóis ensinam como “uma espécie de darwinismo social”, Schumpeter consignou como destruição criativa. A massificação da produção derivada das novas tecnologias e fontes de energia tornariam os produtos mais baratos. Correto, mas a quem aproveita o ganho de escala? O austríaco assegura que os consumidores têm assim mais unidades disponíveis, a preços mais acessíveis, ao mesmo tempo em que o capital se reproduz e concentra-se nas mãos dos mais aptos. Tudo sujeito a crises ao fim de cada ciclo de desenvolvimento.
Os discípulos de Granada acrescentam o elemento ambiental e a consciência ecológica como limitadores da ganância sobre os recursos naturais. Se preservado o meio ambiente, o capitalismo tem tudo para propiciar a abundância compartilhada, característica basilar do comunismo, dando cabo de si próprio, acrescentam.
Então, por que a concentração de renda, de um lado, e a miséria, de outro, continuam crescendo na espécie humana?
Como dizia o Barão de Rotschild, na crise, compre.

Quando a concorrência se vê em apuros em razão das “forças de mercado” ou da manu militari, o capital financeiro não se faz de rogado: pinta papel e com ele adquire maior quinhão da propriedade produtiva e fica com um pedaço do trabalho de cada um cada vez maior.
Um comentário em “Schumpeter e o fim do capitalismo”