Austeridade e fascismo

Colaborou Celso Soares

Clara E. Mattei, em seu Como economistas inventaram a austeridade e pavimentaram o caminho para o fascismo (tradução livre), desmistifica as afirmações que se vê mundo afora – e no governo brasileiro também – da utilidade da austeridade para a manutenção da ordem capitalista. Aqui estão dez casos tratados na obra, conforme circula nas redes sociais.

1

Austeridade como Estratégia de Controle

A austeridade é retratada como uma ferramenta utilizada por economistas e governos para restaurar e manter a ordem capitalista, especialmente após crises econômicas ou guerras.

2

Despolitização da Economia

Um objetivo central da austeridade é remover a economia da esfera de decisão democrática, permitindo que relações de produção capitalistas sejam reinstituídas sem contestação pública.

3

A Economia como Ciência “Neutra”

Economistas promoveram a ideia de que a economia é uma ciência neutra e apolítica, o que ajuda a ocultar as relações de dominação social inerentes ao capitalismo.

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4

Inviabilização da Classe Trabalhadora

A austeridade é utilizada para enfraquecer a classe trabalhadora, restringindo seus direitos e capacidade de negociação, o que favorece a acumulação de capital pelos mais ricos.

5

Crítica à Teoria Econômica Convencional

O livro desafia a teoria econômica convencional que justifica a austeridade, argumentando que ela serve mais para proteger relações de capital do que para resolver crises econômicas.

6

Intersecção com o Fascismo

Em alguns casos, como na Itália sob Mussolini, medidas de austeridade foram diretamente reforçadas por intervenções fascistas, mostrando como políticas econômicas podem ser usadas para suportar regimes autoritários.

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7

Impacto Social e Econômico

As políticas de austeridade não só falham em promover a recuperação econômica, como também exacerbam desigualdades sociais e econômicas.

8

Instrumentalização dos Economistas

Economistas foram fundamentais na formulação e implementação de políticas de austeridade, atuando como técnicos que legitimam intervenções anti-democráticas.

9

Austeridade como Projeto Global

A austeridade foi adotada não apenas em contextos nacionais, mas como parte de uma estratégia econômica global, promovida por instituições financeiras internacionais e conferências econômicas globais.

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10

Resistência e Alternativas

Apesar da prevalência da austeridade, existem movimentos contínuos e históricos de resistência que buscam alternativas econômicas mais equitativas e democráticas.

Essas afirmações configuram a austeridade não apenas como uma série de políticas econômicas, mas como um elemento central na manutenção da ordem capitalista global, demonstrando como medidas econômicas podem ter profundas implicações políticas e sociais.

Leia também Lula: abandone a austeridade.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo e da Engenharia pela Democracia, conselheiro da Casa do Povo, Sinal, CNTU e Aguaviva, membro do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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