
Consta que, há milhares de anos, os judeus escravizados pelos faraós egípcios evadiram-se do país africano, sob a liderança de Moisés, estabelecendo-se há uma distância que hoje um avião pode percorrer em meia hora. Mas então as dificuldades eram muitas e a travessia para a liberdade tardou talvez uma geração.
Esse antigo feito é lembrado hoje na Páscoa, o Pessach, a passagem para a liberdade, que há nem tantos lustros brasileiros de origem africana também alcançaram, assim como presentemente trabalhadores de vinícolas sulinas e de outros grotões desta terra chamada Brasil.
O recrutamento forçado de hordas humanas para a produção de riqueza em troca de um prato de comida e uma senzala para dormir não é a única forma de escravidão moderna. Ficar-lhes com parte importante do resultado do esforço laboral e, ainda mais, convencer a todos de que isso não só é o possível, mas o melhor a fazer, ainda tem muito espaço nas relações sociais do mundo de hoje.
Estamos mais próximos do Brasil e o mundo que queremos do que já estivemos quando éramos colônia de estrangeiros. E vamos relembrar o que já fizemos para renovar as esperanças por uma Pátria livre da escravidão.
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