
Ingressamos na Universidade de São Paulo em 1978, anos depois do brutal desaparecimento de Alexandre Vannucchi, já às vésperas da anistia e quando já o honrávamos com o nome do Diretório Central dos Estudantes da USP. Quem conta a sua história na Geração 68 é Cecília Cavancalti, Doutora em comunicação e cultura.
Inimaginável que o amigo de faculdade tinha sido preso. E estavam todos numa festa, choppada, as “farras” típicas de anos de faculdades. Até hoje. Meninos e meninas entre 18 e 24 anos, comemorando a entrada de novos alunos. Minhoca não estava. Alexandre estava sendo brutalmente torturado até a morte.
Alexandre Vannucchi, estudante brilhante da Faculdade de Geologia da USP, primeiro lugar no vestibular, cursava o quarto ano quando foi preso acusado de participar da ALN, Ação Libertadora Nacional, um grupo dissidente do PCdoB, fundado por Carlos Marighella. O grupo apoiava a luta armada, ações que Alexandre não compactuava integralmente. Nos seus vinte anos, Minhoca tinha muitas dúvidas. Os estudantes se organizavam como podiam para combater censura,a repressão e a violência que a ditadura militar infringia. Na Geologia não foi diferente, Alexandre tinha ajudado a organizar o Conselho de Centros Acadêmicos da USP (CCA) como caminho para reorganizar o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da USP, o que era ilegal na época. (+203 palavras, Geração 68)
Ainda há idiota a pedir a volta da Ditadura.
Lamentável!
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