A obra de Lou Marinoff (Mais Platão e menos Prozac), resenhada em Ensaios Filosóficos, também aborda as relações entre a filosofia e a psiquiatria.
por Camila Magalhães

Um dos motivos é que ainda há uma crescente pressão da indústria para a medicalização de indivíduos que buscam atingir seu melhor desempenho e estarem alinhados a uma cultura da performance e do mérito.
Os professores Kendler e Parnas fizeram um encontro na Dinamarca para discutirmos “Por que a Psiquiatria precisa da Filosofia?”. Dentre as respostas para esta difícil pergunta, estiveram: porque o adoecimento mental é presente e crescente na sociedade contemporânea; porque apesar da Psiquiatria ser fundamental na compreensão e cuidado de pessoas em sofrimento emocional, temos enfrentado um enorme reducionismo causal para a manifestação dos transtornos; porque há uma crescente pressão da indústria para a medicalização de indivíduos que buscam atingir seu melhor desempenho e estarem alinhados a uma cultura da performance e do mérito. Ainda há muito o que evoluirmos na compreensão etiológica…
Ver o post original 289 mais palavras
O sujeito, nessa busca por uma performance plena, busca moletas medicamentosas que alimentem sua incapacidade de viver num estado emocional suficiente para si. A filosofia virou arma para todos aqueles que se recusam conviver com seus próprios conflitos e desejos. Recusasse ser somente um Ser… Viver, virou desafio…
CurtirCurtir