É evidente que o dano principal da guerra é sempre à vida humana.
Mas o efeito colateral da instabilidade internacional em um país que, destarte a riqueza e a produção agrícola e mineral que detém, opta por uma posição subalterna no cenário global, não poderia ser outro que a carestia e a dificuldade da população em garantir a sua próxima refeição.
Quem vive de juros tende a acumular mais, em tempos de guerra.

Embora o rali dos preços das commodities tenha reforçado o movimento de apreciação do real, a perspectiva de que a inflação seja ainda mais pressionada atingiu em cheio o mercado de juros. Nas últimas duas sessões, a disparada das taxas futuras levou a curva de juros a sinalizar a Selic em 13,5% ao ano, nível bem acima do indicado pelo consenso do mercado.
Analistas indicam o grau de incerteza em relação à política monetária estar ainda mais elevado, porque o futuro dos preços das commodities está atrelado ao conflito entre Rússia e Ucrânia. Com a escalada das tensões geopolíticas, o preço do barril do petróleo tipo Brent chegou a encostar em US$ 120, no dia 03/03/22, e, mesmo com a valorização recente do real, agentes de mercado já veem uma inflação ainda mais alta adiante.
O peso das companhias de commodities na bolsa e na balanço comercial brasileira; o…
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