Engenharia e política

“Política, uma grandeza pátria!. (Ney Alberto Pies)

Eng. César Cantu e Velfrides Barreto

Engenharia pela Democracia

Nossa Engenharia não tem a influência política que lhe caberia por sua capacidade de construir soluções para nosso país.

O destino das pessoas, dos países e da civilização dependem de decisões políticas. A ética, a moral e as leis nascem da política e podem ser por ela controladas. Política é poder. Quem se omite da participação, marginaliza-se do poder.

Eng. César Cantu

Os poderosos, para manter seus privilégios, desenvolvem uma intensa participação política, de forma estrategicamente organizada e, ao mesmo tempo, induzem a população a se omitir desconstruindo a imagem da política e de todos os seus agentes. Uma sórdida estratégia de dominação.

Como complemento a esta estratégia de dominação, estas forças utilizam como critério o método da “campanha de avalanche”, ou seja, fazem uma intensa campanha durante muitas horas do dia, por um período de tempo em todos os veículos de comunicação, de forma a atingir o máximo de pessoas, bombardeando-os com propaganda do mesmo assunto.

Os meios de comunicação, em sua grande maioria, atuam de forma organizada em defesa das teses da classe dominante e não permitem o contraponto de opiniões diferentes. Existe liberdade de expressão, mas não de comunicação, uma vez que os canais estão abertos para os poderosos, não para a população.

Eng. Velfrides Barreto

Vejamos a situação da Engenharia brasileira. Quando olhamos ao nosso redor, quase tudo o que vemos é Engenharia, na forma de materiais, equipamentos, instrumentos, estruturas, sistemas integrados e processos no âmbito da operação e gestão. Apesar disso, nossa Engenharia não tem o protagonismo nem a influência política que lhe caberiam por sua capacidade de construir, administrar e propor soluções para nosso país.

A Engenharia não participa da política, ou melhor, é submissa às decisões estratégicas e, por isso, está marginalizada do processo decisório. Ela é indispensável em quase tudo, mas não decide nada.

É estratégico para a EngD criar um modelo de participação política da engenharia e lutar por sua implementação. [São] dois objetivos de curto prazo:

  • participar na elaboração de políticas públicas de Estado e,
  • participar na criação de um modelo de Gestão de Estado.

Um grande desafio, sem politicagem, sem partidarismo, rumo à evolução civilizatória. (+584 palavras, EngD)

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo e da Engenharia pela Democracia, conselheiro da Casa do Povo, Sinal, CNTU e Aguaviva, membro do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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