Altamiro Borges: Inflação de alimentos e a offshore de Guedes

Haverá quem pondere que o lucro de Guedes seja fictício, se ele não vendeu seus dólares escondidos lá fora. Mas há outros caminhos para realiza-lo, por meio de arbitragem com outras moedas, sem o risco de o dinheiro oculto passar pelo Brasil e o crivo do Conselho Monetário Nacional, dirigido pelo mesmo Ministro da Fazenda.
O que é fato ineludível é a inflação: os preços sobem porque há pouca mercadoria, muitas vezes por conta da dependência do comércio exterior desigual, e cada vez menos gente para compra-las, em razão do desemprego também causado pela dependência. Como consequência, a fome em um país exportador de grãos e outras comódities. Como dizia Bandeira já em 1947: o bicho era um homem!

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Duas reportagens publicadas na semana passada confirmam a desgraceira imposta por Jair Bolsonaro. Uma revela que a inflação da cesta básica encostou em 16% nos últimos 12 meses. O povo passa fome. Tem gente pegando comida no lixo e ossos em açougues. Já a outra exibe o extremo oposto: a fortuna abocanhada por Paulo Guedes em sua offshore com a crise no Ministério da Economia e a alta do dólar.

A matéria da Folha mostra que “a inflação dos alimentos que compõem a cesta básica encostou em 16% no acumulado de 12 meses no Brasil. A conclusão é da pesquisa lançada por professores do curso de Economia da PUC-PR (Pontifícia Universidade Católica do Paraná. A disparada dos preços afeta principalmente o bolso dos mais pobres na pandemia”.

O mínimo que as pessoas colocam na mesa

De acordo com a pesquisa, os 13 produtos que formam a cesta básica acumularam inflação…

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Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo e da Engenharia pela Democracia, conselheiro da Casa do Povo, Sinal, CNTU e Aguaviva, membro do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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