O vocabulário dito “financês” serve, segundo o que explica o professor, para enviar mensagens cifradas dos financistas às autoridades públicas, restando ao grande público arcar com a conta dos movimentos de transferência da sua renda para bolsos cada vez mais concentrados e improdutivos.
Elevar o poder de compra dos salários e preencher a enorme capacidade ociosa com a retomada do crescimento da renda e do emprego, a receita de Nogueira da Costa, apresentada como conclusão em bom português.

Charlatões agem como se tivessem algum conhecimento. Aprenderam a se apresentar, aparentemente, como os sábios.
Conta-se uma estória para ilustrar. Um motorista de um ganhador do Prêmio Nobel da Química o acompanhava em uma turnê de palestras. Depois de assistir uma série delas, ele lhe disse já ser capaz de o substituir no palco, pois ele dizia sempre a mesma coisa. O acadêmico aceitou a proposta, pegou o boné de seu motorista e sentou na plateia.
Foi tudo bem até abrir o debate. Na primeira pergunta capciosa, o motorista respondeu: – Eu me admiro de você se dirigir a mim com uma pergunta cuja resposta até meu motorista sabe! Responda aí, fulano!
O charlatanismo no mercado financeiro exige apenas o conhecimento de algumas palavrinhas-mágicas do “financês”. Pronunciando-as, você não será entendido pelos leigos, mas será visto como sério candidato ao cargo de economista-chefe de um banco de negócios, quanto mais…
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