Os ativos financeiros são riqueza abstrata, que encontram valor na crença das pessoas sobre a sua materialidade – bens de produção, conforto ou consumo equivalentes ao dinheiro. Encontrando quem queira, involuntariamente, perder algum, os donos do mercado vão concentrando a riqueza disponível e os meios para amplia-la.
A matéria trata da pretensa popularização da manipulação de “informações” por influencers das redes sociais, com peso ou não para amealhar fortunas pela indução de incautos, em substituição aos grandes, especializados e tradicionais operadores de mercado.
Faz lembrar do Sergio Mota, aquele ministro do FHC que, na pasta da energia, anunciava marchas e contramarchas das iniciativas do setor e sempre se posicionava no mercado ao contrário do que dizia na TV e nos jornais.
O fenômeno da valorização da GameStop surpreendeu Wall Street após umaação orquestrada de pequenos investidores. Ele traz grandes reflexões sobre os preços dos ativos no mercado financeiro, segundo Gabriel Galípolo, professor da PUC-SP e presidente do Banco Fator.
“É quase um ramo amador de uma análise de psicologia de massas. Às vezes, tem de estar menos atento ao que realmente são os números da empresa, e nesse caso foi clássico”, diz.
Alguns interpretaram o caso GameStop com uma visão romântica dos pequenos investidores contra os grandes. Pessoas se juntaram para provocar a valorização ou a defesa do preço de um ativo. Isso é verdade. Existe um sentimento de desintermediação em várias esferas das nossas vidas.
Antigamente, para ser um portador de uma notícia ou de uma opinião, você precisava ser uma pessoa especializada ou trabalhar em um grande canal de comunicação. As redes sociais permitiram dar voz a…
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