Quando nova década perdida consolida-se no Brasil, como há alguns dias registrou a FGV, o continente africano apresenta um crescimento combinado do PIB de seus países de 55% no mesmo período.
O que indicaria um mercado crescente para o Brasil, logo ali do outro lado do Atlântico, mostra-se oportunidade não aproveitada. Ao contrário, a corrente de comércio caiu 60% em dez anos, de USD 20 para 8 bilhões!
Daniel Rittner (Valor, 23/11/2020) informa; a presença do Brasil na África diminuiu fortemente na última década, período quando o continente africano teve crescimento do PIB acumulado de 55%. De 2011 a 2020, considerando sempre os nove primeiros meses de cada ano, a corrente de comércio encolheu de US$ 20,3 bilhões para US$ 8,3 bilhões.
As exportações brasileiras caíram, sem exceção, para todas as dez principais economias africanas. Para Nigéria e África do Sul, os dois maiores PIBs, a queda foi respectivamente de 48% e 47%. A corrente de comércio é a soma de exportações e importações.
“A história do Brasil na África tem alternado ondas de expansão e de retração. O governo [Jair] Bolsonaro é um período de recuo”, definiu Alex Vines, diretor do programa de África da Chatham House, centro de estudos sobre política internacional sediado em Londres, durante um seminário recente do banco sul- africano Standard…
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