Pior do que querer fazer prevalecer o interesse financeiro sobre o público e o nacional, é fazer isso em tempos que um banqueiro ocupa proeminente posto na economia do governo de plantão. Mais ou menos como colocar os granjeiros a serviço da raposa, de direito, pois de fato já estamos.
Assiste também razão a Oreiro quando explica os riscos de retorno do Estado patrimonialista, que vêm embutidos na proposta legislativa do governo.
Publicado originalmente no portal do PCdoB e na Hora do Povo.

Para o economista e professor José Luis Oreiro, do Departamento de Economia da Universidade de Brasília (UnB), a proposta de reforma administrativa – PEC 32/2020, que tramita no Congresso Nacional por iniciativa do governo Bolsonaro, é um “retrocesso”.
“A PEC 32 ao fragilizar a estabilidade dos servidores públicos pode transformar os servidores em funcionários do governo de plantão, ao invés de funcionários do Estado Brasileiro, constituindo-se assim num retrocesso em direção ao velho Estado Patrimonialista”, afirma o economista, em artigo publicado pela Revista Política Democrática.
“A realização de uma reforma administrativa com o objetivo de preservar o teto de gastos parece-me ideia desprovida do mínimo senso de realidade. No debate econômico brasileiro atual é crescente o consenso de que não é possível manter o Teto de Gastos (EC 95), que estabelece o congelamento dos gastos primários da União em termos reais até 2036, devido ao crescimento dos gastos com previdência…
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