São de má qualidade as ocupações de baixo salário, jornadas semanais superiores a 48 horas e sem proteção previdenciária. E oculto o desemprego daqueles que estão ocupados meramente por programas oficiais de garantia de trabalho na pandemia, que de outra forma se somariam aos desalentados desconsiderados na desocupação laboral.
Um quadro grave trazido por Fernando Nogueira da Costa, que não pode esperar o feriado para ser divulgado, nem ter como resposta do governo “e daí?”.
Bruno Villas Bôas(Valor,09/10/2020) informa: quase a metade dos empregos existentes no país são de qualidade ruim, com salários baixos, instabilidade ou jornada excessiva, o correspondente a 40,8 milhões de ocupações (45,5% do total), mostra estudo da consultoria IDados.
O economista Bruno Ottoni, pesquisador do IDados, diz que o estudo avalia a qualidade do emprego para além dos salários, com base em literatura internacional surgida nos últimos anos. A ideia é sintetizar múltiplos fatores em um indicador.
“Existe um problema estrutural que limita a oferta de boas vagas no Brasil: a baixa produtividade de trabalhadores, reflexo do pouco investimento em educação. Isso dificultaria que setores mais dinâmicos cresçam e gerem muitos empregos no país”, afirma ele.
A proporção de empregos de qualidade é pior se comparada à registrada, por exemplo, na média de 34 países europeus acompanhados pelo Eurofound, agência da União Europeia. Essa agência calculou que 20,2% das ocupações da…
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Um comentário em “Emprego de Má Qualidade e Desemprego Oculto”