Civilização ou barbárie? Um pouco das visões sobre os caminhos da Humanidade nas Nações Unidas que, outrora, surgiram para varrer o fascismo da superfície da Terra e de certas mentes doentias hoje alinhadas ao atraso negacionista.
O momento era para algo esplendoroso, marcante, definidor. Afinal, celebravam-se os 75 anos da ONU, uma instituição criada depois da vitória grandiosa dos povos contra o nazifascismo em 1945.
O ambiente geral, contudo, era taciturno, melancólico. A pandemia do coronavírus enfeitava o ambiente de cuidados e ameaças em que o presencial fascinante de autoridades do mundo inteiro desfilando pelos corredores cedia lugar a espaços vazios, à mídia eletrônica que tomava os lugares dos líderes.
De qualquer maneira, tudo foi arranjado para que aquele instante fosse sublimado por discursos imponentes, bem construídos e bem ditos que apareceriam em imagens para o mundo inteiro. O vasto e requintado auditório onde confortavelmente cabiam 2000 pessoas era espaçadamente ocupado por 200 funcionários, nenhum dos quais da primeira divisão. De qualquer maneira, tudo pronto, os aparelhos foram ligados, homens apareceram em telas, o espetáculo ia começar. Deu-se a palavra ao primeiro orador que a tradição…
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