Muito se comemora o resultado agrícola brasileiro, que atenua a crise econômica e sanitária, mas não resolve o problema do desenvolvimento nacional. Sim, fazer caixa é sempre importante, com o que os chineses têm contribuído apesar da oposição que lhes faz o governo brasileiro. Mas é preciso uma outra política de uso do recurso obtido, uma que aponte para a reindustrialização do Brasil como caminho para a superação do subdesenvolvimento, com relações soberanas com todas as Nações.
Sobre a integração do Brasil com o maior dos seus parceiros do BRICS, recomendável a leitura das considerações do também doutor Elias Jabbour.
A atual política externa brasileira se submeteu, voluntária e ideologicamente, aos EUA. Compra uma “guerra comercial”, contrariando os próprios interesses nacionais, contra o maior parceiro comercial brasileiro: a China!
Arícia Martins (Valor, 27/07/2020) informa: contrariando expectativas de que a pandemia causaria estrago maior no comércio do Brasil com o exterior, a demanda firme da China, aliada a um câmbio mais depreciado, evitou retração mais forte das exportações brasileiras. De janeiro a junho, os embarques para o gigante asiático subiram 14,6% ante o mesmo período do ano passado, para US$ 34,35 bilhões, ao mesmo tempo em que as vendas para o resto do mundo caíram 15,2%.
Os cálculos são do Barclays, com base em dados do Ministério da Economia. No total, as exportações encolheram 7,1% no acumulado do ano. Ainda que em terreno negativo, o número foi uma surpresa favorável para economistas, que esperavam redução mais significativa diante da recessão…
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