Fernando Nogueira e Fabio Graner colocam números naquilo que o senso comum já pôde observar. Quando os empresários, em especial os donos de negócios médios e pequenos, precisam, além ficar eles próprios e suas famílias em casa, pagar a folha dos funcionários e outras contas empresariais, cai o desembolso do BNDES.
Cai não somente a níveis menores que o da virada do ano, mas atinge um fundo de poço não visto desde o século passado.
É mais uma mostra do descaso público com a vida e de sabotagem à responsabilidade do governo federal para com o juramento feito pelo Presidente quando da sua posse.
Fabio Graner (Valor, 13/05/2020) informa: enquanto a taxa Selic, referência de curto prazo na economia, está em queda e atinge as mínimas históricas, a Taxa de Longo Prazo (TLP), referência para os empréstimos do BNDES, sobe há cinco meses consecutivos. Para os contratos a serem assinados em maio, sua parcela fixa atingiu 2,12% ao ano, maior nível desde agosto de 2019.
A TLP é formada pela média trimestral de taxas dos títulos atrelados à inflação com prazo de cinco anos. Além da parcela fixa, que em dezembro do ano passado havia chegado ao piso da série, em 1,68%, ela é corrigida pela inflação.
O movimento recente encarece as operações de crédito do BNDES, justamente em um momento no qual os bancos privados se retraem para seus clientes. A alta reflete a turbulência no mercado, que elevou as taxas de juros futuras, incluindo os títulos atrelados à inflação (NTN-B) com prazo…
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