Conhecemos Cidadania&Cultura por indicação de um amigo e desenvolvemos confiança no seu conteúdo em razão da reputação aos nossos olhos construída por seu autor, o generoso professor titular da Unicamp, Fernando Nogueira de Castro.
É por essa forma de relacionamento social que ele começa a série de artigos (já apareceeram Homo Incitatus e Homo Jurídicus) de análise da obra do Nobel de 2014 Jean Tirole: A Economia do Bem Comum.
É atualíssimo notar como práticas coletivas de má reputação social, como a disseminação de vírus em tempos de limitação dos meios de tratamento de doentes, podem levar indivíduos à má conduta ou, se não for o caso, atribuir-lhes reputação antissocial no grupo maior, nacional.
Ele conclui esta parte com o fenômeno da histerese. Deixemos ao leitor entender do que se trata:
Segundo Jean Tirole (1953- ), ganhador do Prêmio Nobel de Economia 2014, por análise do poder e regulação de mercado, em seu livro Economia do bem comum (1ª.ed. – Rio de Janeiro: Zahar, 2020), no coração da vida econômica e social está a confiança. Obviamente, nem sempre é necessária.
A invenção do dinheiro, por exemplo, simplificou a mecânica da troca. Desde quando possamos verificar a qualidade de um bem, o compramos de um estranho por dinheiro. Se não podemos verificar a qualidade dos produtos antes da compra, podemos confiar no mecanismo de reputação: voltamos a um comerciante com quem estamos satisfeitos ou vamos a um comerciante que deu toda a satisfação a um amigo; o comerciante entende esse mecanismo e fará todos os esforços para criar e manter uma clientela.
Em suas análises comportamentais, os pesquisadores estão interessados em confiar nos outros. Em termos econômicos, formalizamos simplesmente essa noção. É…
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