Moeda dos Brics e impacto global

Rosa Sarkis recebeu Lejeune Mirham, no Painel Brasil, sobre os BRICS e outros temas da geopolítica global.

A aliança entre Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul foi formada em pelos quatro primeiros países em 2009, três anos após ser proposta pelo embaixador brasileiro Celso Amorim, e recebeu os sul-africanos um ano depois. São eles que sediaram a recém-concluída 15º Conferência do bloco, que há 8 anos criou o seu próprio banco de desenvolvimento, hoje presidido por Dilma Rousseff.

As duas pautas principais do encontro, informou Hirham, repousam sobre a desdolarização das relações internacionais e a expansão do próprio bloco, que redundou em convites a sete novos países. O sociólogo lembrou que a Organização para Cooperação de Xangai existe desde 2001 e tem hoje, além da China, Rússia e demais fundadores, também observadores, parceiros de diálogo e convidados, envolvendo diretamente mais de 30 países. Na Àfrica, hoje, compareceram representações de 32 diferentes nações.

É antiga a discussão sobre a contraposição do bloco à moeda hegemônica nas transações internacionais – o dólar dos EUA – e ao euro, principais moedas conversíveis do globo, secundadas pela libra britânica e o ien japoês. De vaixa expectativa, a solução ideal passaria pelos EUA aceitar a conversibilidade internacional das quatro principais moedas do bloco – rúpia, renmimbi, rublo e real. Essas moedas já fazem parte do comércio exterior de 40 países. A Árabia Saudita, um dos pretendentes à integração no bloco, exporta diariaamente significativa quantidade de petróleo à China e estuda a adoção do iuan para intermediar as trocas, decisão que desgosta as autoridades dos estadunidense.

As alternativas, segundo Lejeune, seriam a criação de uma moeda própria do grupo, tese endossada pela presidente do banco dos BRICS, ou adotar o iuan chinês como a terceira moeda conversível no cenário monetário internacional.

Os números envolvidos mostram a relevância do assunto: trata-se da união de 40% do PIB mundial.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo e da Engenharia pela Democracia, conselheiro da Casa do Povo, Sinal, CNTU e Aguaviva, membro do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

2 comentários em “Moeda dos Brics e impacto global

  1. O CONCEITO E TÉCNICA sobre a Nova Moeda já foi definido em 2012-2013 por Paulo Kev… inclusive no Senado federal, recentemente enviado e Protocolado no NDB para Dilma Rousseff e no BNDES Mercadante e N Barbosa. Toda estrutura da NOVA E CONSISTE MOEDA DEFINITIVA o KW por Paulo Kev.

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