A taxa de investimentos privados cresceu no Brasil nos últimos seis anos. Borça desconsiderou fatores meramente contábeis para apurar um avanço de fato de 2,9% no período (2,7% quando considerado também o investimento público). Sim, a participação do Estado rentista-dependente caiu em seis anos, quando se trata de fomentar o desenvolvimento nacional e o pleno emprego no país.
De se notar que a China avançou a sua taxa de formação bruta de capital fixo em 4,9%… em apenas um ano! Não é à toa que o país asiático caminha para ser a maior economia do mundo, e já o é pelo critério da paridade de poder de compra.
O Brasil já foi o país que mais cresceu no mundo, à base de 7% anuais por cinco décadas. O que falta para recuperar o velho ritmo nacional-desenvolvimentista, se não um Estado soberano e comprometido com o interesse nacional?

Anaïs Fernandes (Valor, 18/05/22) informa: o salto da taxa de investimentos no Brasil entre 2016 e 2021, de 15,5% para 19,2% do PIB, se deve integralmente ao aumento no setor privado, cuja taxa passou de 13,6% para 17,5% do PIB no período, enquanto os investimentos públicos recuaram de 1,93% para 1,64%, mesmo patamar dos dois anos anteriores. As estimativas para 2020 e 2021 são do Centro de Estudos de Mercado de Capitais (Cemec-Fipe), com base em dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), das Contas Nacionais do IBGE e do Tesouro Nacional.
Porém, a inflação de bens de investimentos foi maior se comparada à do PIB.
O Cemec lembra que, desde 2018, as taxas de investimento refletem os impactos dos critérios de contabilização de plataformas de petróleo, além de mudanças dos preços relativos entre a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e o PIB no período. “Limpando” os dados…
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