
Informações da Hora do Povo
O anúncio da retração de 0,7% do índice Monitor do Produto Interno Bruto (PIB) da Fundação Getúlio Vargas (FGV) de outubro em relação a setembro é mais um indicador de que economia está muito mal e sem perspectivas de melhoras à frente.
“A economia brasileira continua estagnada com declínio em outubro comparado a setembro e paralisada em relação ao mesmo mês do ano passado”, afirmou Claudio Considera, coordenador do Monitor do PIB-FGV. No trimestre encerrado em outubro, em comparação com o trimestre findo em julho, a economia teve uma variação de apenas 1,0%.
SEM INVESTIMENTOS
De acordo com o Monitor, a Formação Bruta de Capital Fixo, que são os investimentos, cresceu 7,6% no trimestre móvel findo em outubro em comparação ao mesmo período do ano passado, mas ressalta “a visível queda nas taxas de crescimento desde o mês de junho deste ano”.

Segundo o Iedi, a situação é pior do que parece. O desempenho da economia vem sendo camuflado. “A indústria só perdeu produção ao longo de todo o ano. O comércio varejista e o setor de serviços tiveram quedas recentes.”
Claudio Considera, da FGV, dá um exemplo de como isso é feito:
O investimento teve forte queda no interanual em outubro, mas continua com taxas altas no acumulado de 12 meses, provavelmente influenciada pela internalização das plataformas de petróleo com o término do estímulo tributário. Ou seja, isto é apenas um efeito estatístico já que as plataformas já existiam e sempre foram operadas pela Petrobrás em águas territoriais brasileiras. Não é um novo investimento.
O PIB é divulgado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em 2020 sofreu uma queda de 4,1%, o pior resultado da taxa histórica, iniciada em 1996. No primeiro trimestre deste ano, o PIB variou 1,2%, no segundo e o terceiro trimestres ficou no vermelho, com quedas de 0,4% e 0,1%, respectivamente. (+241 palavras, Hora do Povo)
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