Neste 11 de Dezembro, Dia do Engenheiro, entrevistamos a Eng. Marielza Milani, que fez do seu mister uma ferramenta pelo bem comum.

O que é a engenharia?
Ela faz com que tudo aconteça da melhor maneira possível , com menor custo, excelente qualidade e com as melhores inovações. Tem responsabilidade no meio ambiente e na geração de empregos na indústria de transformação, na infraestrutura e muito mais. Definir uma das mais brilhantes profissões do mundo com interligações com todas as áreas do conhecimento é um pouco complicado, mas esta interligação é o grande benefício que ela traz para a vida das pessoas
Fale da sua trajetória na engenharia
Foram os excelentes exemplos de um primo que, desde 1958, fez engenharia na Poli e morou na casa de meus pais, e do meu irmão, que sempre disse que queria ser engenheiro desde menino
Entrei na Poli em 1966, portanto este ano fiz 50 anos de formada. Em 1971 comecei na Rhodia S/A, na primeira turma de trainees, sendo a primeira engenheira e única, na época em São Paulo , contratada pela empresa em Santo André. Trabalhei lá por 15 anos no controle de qualidade, centro de pesquisa, financeiro ( já em SP) e depois na área comercial.
Em maio de 1986 fui para a Lerma Ind. e Com. S/A, do grupo Porto Seguro, para ser a Superintendente desta tecelagem. Em 1992 eu comprei a fabrica e em 2007 encerramos as atividades .
Você também atuou como dirigente da indústria?
Em 1997 eu ingressei como diretora no Sinditextil-SP (até hoje) e depois na ABIT, Fiesp (2004 até hoje) e CIESP e, como todo dirigente que participa dos sindicatos e associações, percebi que não há nenhuma politica pública para incentivar a indústria.
Tínhamos e ainda temos uma politica de comadres que não tem uma estratégia e nem plano para fazer uma indústria competitiva. Somos um pais que tem tudo para dar certo, mas os políticos atrapalham e não ajudam. Sou uma pessoa completamente desiludida com o nosso povo, porque ele elege sem saber em quem vota.
Mas você não se conformou e se ofereceu para mudar…
Em 2012 tive o prazer de o Miguel Manso me convidar para ser a candidata a vice-prefeita na cidade de São Paulo com ele, pelo novo Partido Pátria Livre. Sua equipe tinha um projeto de governo muito bom, mas não era conhecido o suficiente para ser votado pela população.
O aprendizado nesta campanha foi muito interessante e mostra que, apesar de termos poucos votos, o candidato que ganhou copiou várias coisas que tínhamos colocado no nosso plano de governo. Não tenho nenhuma vontade em entrar na política, mas participar de grupos que pensem em Brasil e não no seu próprio quintal e agora estou buscando saber melhor sobre meio ambiente e economia circular e trabalhar nisso.
Tive a oportunidade de trabalhar com a Marielza na época em que ela estava na Rhodia.
Foi minha chefe e a pessoa que me deu oportunidade para a área de pesquisa e inovação na empresa, e onde me aposentei agora em 2020 após 48 anos.
Sou testemunha de sua dedicação ,profissionalismo em tudo que comentou.
Parabéns Marielza
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