Certamente não é trágica a situação dos grandes bancos brasileiros ante à pandemia. Um olhar simples ao gráfico que ilustra a matéria original mostra ganhos acionários – leia-se especulativos – superiores até a 30% no ano, para quem vendeu em dezembro e recomprou em março/abril, É fato que os lucros caíram no segundo trimestre em relação aos períodos predecessor e seguinte deste ano, mas ninguém embolsou menos de R$ 1 bilhão por mês, considerados os quatro maiores bancos em operação no país.
Nogueira trata também das reestruturações havidas, em que novos atores dos mesmos grupos e donos fazem parecer maior concorrência quando, de fato, significam maior concentração de renda em um número mais restrito ainda de bolsos; afinal, computador não recebe comissão de vendas de produtos financeiros.

Talita Moreira (Valor, 19/11/2020) informa: os três maiores bancos privados brasileiros estão neste momento debruçados sobre processos de reestruturação, e não há coincidência nenhuma nisso. Com lucros em queda e desempenho das ações fraco desde o início da pandemia, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander buscam formas não apenas de destravar o valor de alguns ativos, mas também de gerar mais eficiência.
O passo mais recente foi dado pelo Santander. O banco anunciou estudar separar a credenciadora de cartões Getnet em uma empresa à parte, que deverá ter ações listadas na B3 e ADRs nos Estados Unidos.
É estratégia parecida com a pretendida pelo Itaú dar à sua participação na XP Investimentos: segregar essas ações em uma nova empresa. Depois, será cindida e terá o capital aberto. Os especuladores passam a valorizar à parte aquele ativo — forma de manutenção de riqueza — antes incorporado na carteira do banco.
Nos…
Ver o post original 830 mais palavras