Sem o citado desabamento do PIB em 2015/2016, se a economia tivesse alcançado o pífio ritmo dos anos seguintes, o gasto combinado das três esferas públicas teria permanecido estável em relação ao PIB. Importante lembrar que, na “era Vargas“, o PIB dobrava a cada década.
Como ressaltaram Helder e Oreiro, a maior parte dos salários se referem a saúde, educação e segurança, serviços que só o mais cruel inimigo do Brasil poderia pensar em subtrair da nossa gente.
Mas não é só isso que o Estado faz: regula, fiscaliza e pune os faltosos quando estes se desviam do bom caminho e atentam contra o bem estar social e individual.



As figuras acima mostram a evolução dos gastos com os salários dos servidores públicos (ativos e inativos) da União, Estados e Municípios. No caso da União trata-se dos gastos com servidores civis e militares, ativos e inativos. Primeiro fato: os gastos com os servidores públicos da União estão estáveis como proporção do PIB desde 2010. Desenhando para os liberais com deficiência cognitiva: não existe “gastança” com servidores públicos a nível da União.
Onde se observa um aumento dos gastos com servidores públicos como proporção do PIB é a nível dos Estados (um crescimento de 0,8 p.p do PIB entre 2006 e 2018, ou seja, um crescimento de 4% para 4,8% do PIB), e a nível dos municípios (um crescimento de 3,18 para 4,28% do PIB, ou seja, de 1,1% do PIB).
Antes de analisar as razões do aumento dos gastos com servidores públicos a nível estadual e municipal é importante…
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