Além da queda do mercado de capitais, Fernando Nogueira da Costa também registrou, na semana, a fuga das bolsas de investidores institucionais. Desde que é possível fazer dinheiro a partir do dinheiro, sem trabalhar, comprar na baixa e vender na alta significa ganhos em cima do esforço de outrem que tenha aceitado o movimento inverso, até involuntariamente.
Mas há outro lucro no movimento internacional de capitais, derivado das imperfeições do mercado de câmbio. Se alguém traz cem dólares para o Brasil a 5,60 e, depois de uns dias, compra dólares de volta a 5,43, por exemplo, leva de volta 103 dólares sem fazer nada de produtivo.
É na combinação dos movimentos especulativos que os “investidores” vão se apropriando dos bens nacionais, pagos por aqui com quinhões da livre iniciativa e trabalho dos brasileiros.

As emissões de mercado de capitais registraram, em setembro, captação de R$ 22 bilhões, o que representa queda de 21,6% em relação ao registrado em agosto. No ano, o volume emitido foi de R$ 236,9 bilhões, 21,44% abaixo do observado no mesmo período do ano anterior. As ofertas que estão em andamento e em análise registram volumes esperados até o momento de R$ 18,2 bilhões e R$ 9,1 bilhões, respectivamente, desconsiderando neste último o volume das ofertas de ações. A maior volatilidade do mercado em setembro comprometeu em alguma medida o volume de emissões no período, refletida na queda do total de operações no mês (86 contra 97 registradas em agosto).
As debêntures representaram a maior parcela das emissões em setembro, 39,1%, porém com um volume 15,9% abaixo do registrado em agosto. Os intermediários e participantes ligados à oferta mantiveram a maior parte das debêntures distribuídas em 2020, com 77,6%…
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