
e quinze minutos do dia de Maio de 2020 a agenda oficial da Presidência da República indicava compromisso com o senhor Frederick Wassef, advogado.
Nas semanas seguintes, veio a público a informação que foi recebido nada menos que o procurador da pessoa do Presidente em pelo menos três ações judiciais, além de outras em figuravam parentes e amigos próximos do Chefe da Nação.
Entre os bens de Wassef consta uma propriedade na cidade de Atibaia em que foi localizado o até então foragido senhor Fabrício Queiroz, cuja história é bem conhecida no país. Entre outras práticas do capturado estava a suposta feitura de depósitos bancários na conta da primeira-dama. Ao que consta, a hospedagem foi de meses, sem qualquer recibo de aluguel apresentado até o momento.

Um veterano colega do Banco Central observou que, de uns vinte anos para cá, as transações financeiras estão registradas no detalhe, tornando mais difícil a sua ocultação. No entanto, também ganhou luz um contrato do Banco Central com a firma das filhas de Maria Cristina Boner Leo, fornecedora de soluções tecnológicas ao Estado, presentemente encarregada da criptografia do Banco Central, por módicos R$ 41 milhões. A senhora, segundo as colunas sociais, teria convivido intimamente com Wassef por longo período.
Agora parece nítido conflito de interesses entre o Estado e a técnica de informática, pois traz o risco de certos dados do sistema financeiro serem tão bem criptografados que nem a Justiça lhes conseguirá ver.
De todo o modo, mesmo citada da operação Caixa de Pândora, a fornecedora certamente não falhará em atender a encomenda observando o interesse público…