Algumas considerações sobre a indústria no Estado de São Paulo

A Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados – Seade – traz muitos elementos quantitavos do Estado de São Paulo, inclusive com comparações com as demais unidades da Federação agregadas.

Outrora chamado de “locomotiva do Brasil”, São Paulo experimenta relativa estagnação do PIB entre 2011 e 2021, com decréscimo da produtividade, quando medida pela produção per capita, em torno de 7 pontos percentuais. A participação da indústria também recuou dois pontos no período, marcando no final 19%.

Não obstante o estado ter recuperado o nível de ocupação da mão-de-obra pré-pandêmica, a indústria segue perdendo operários, que migram para as atividades de comércio e serviço.

O Valor da Transformação Industrial paulista (VTI – diferença entre o valor da produção industrial e dos insumos utilizados) alcançou R$ 588 bilhões em 2021, quase 22% do PIB estadual, valor suficiente para cobrir em mais de seis vezes o rendimento líquido dos trabalhadores ocupados em São Paulo em todos os setores da atividade econômica.

É nítida a migração da indústria, ao longo do corrente século, da Grande São Paulo ao interior, em especial às contíguas regiões administrativas de Campinas, Sorocaba e São José dos Campos. Cresce também a participação dos menores munícipios no VTI, em relação aos mais populosos.

Fonte: Inform Seade

Os ramos mais destacados da indústria paulista envolvem o fabrico de alimentos, químicos, fármacos, veículos, máquinas e equipamentos, metalurgia e plásticos.

Na comparação com o resto do país, não obstante a relativa estabilidade da produtividade paulista, ela cresce nas demais unidades, reduzindo a participação local no VTI de 40,8% para 34,8% em 14 anos.

Publicado por Iso Sendacz

Engenheiro Mecânico pela EESC-USP, Especialista aposentado do Banco Central, diretor do Sindicato dos Escritores no Estado de São Paulo, conselheiro da Casa do Povo, EngD, CNTU e Aguaviva, membro da direção estadual paulista do Partido Comunista do Brasil. Foi presidente regional e diretor nacional do Sinal. Nascido no Bom Retiro, São Paulo, mora em Santos.

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