Os impactos positivos do auxílio emergencial que, não obstante, repuseram apenas 61% da renda perdida pelas famílias, deveram-se essencialmente à majoração decidida no Congresso. Enquanto aos juros se garantem mais de 450 bilhões, a proposta original era suprir somente a sétima parte do que ora se fala (327 bilhões).
Se aos EUA não assusta o déficit público, por que aqui deveria causar tamanho alvoroço? Falta arroz porque o governo deixou exportar a vontade, ao contrário dos países mais precavidos que limitaram ou mesmo suspenderam as vendas de comida ao exterior.
O risco ao final da lista é o que parece entusiasmar os “investidores”, já não bastasse a montanha de dinheiro que vêm concentrando nos últimos meses.
Marina Falcão (Valor, 17/09/2020) informa: houve a colocação na economia, no segundo trimestre, de um volume de recursos 61% superior a perda de renda das famílias no ano acumulado até julho. Somente em cinco unidades da federação (São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso e Distrito Federal), o montante do benefício distribuído não compensou totalmente a perda da massa de rendimentos.
Os dados fazem parte de um levantamento realizado pelos economistas Ecio Costa (UFPE) e Marcelo Freire (UFRPE).
Calculada pela Pnad, a massa de rendimentos inclui todos os trabalhadores com 14 anos ou mais – incluindo formais, informais e desalentados – que declararam ter tido rendimento no período da pesquisa. No acumulado até junho, a renda das família recuou R$ 66,8 bilhões, enquanto o auxílio emergencial, segundo Caixa Econômica Federal, somou R$ 108,3 bilhões no segundo trimestre.
O recuo da renda nos meses mais duros da…
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