
Durante meses, o serviço secreto soviético usou comunicações falsas e oficiais nazistas capturados para sustentar uma das mais engenhosas farsas da Segunda Guerra, que drenou recursos alemães com envio de armas, agentes e suprimentos.
A RT Brasil relata o episódio que contribuiu para a vitória aliada sobre o fascismo, como uma homenagem ao 80º aniversário.
Em 18 de agosto de 1944, após a derrota das tropas alemãs na Bielorrússia, a inteligência do Terceiro Reich recebeu informações de uma fonte considerada confiável de que uma unidade da Wehrmacht, com até 2.500 soldados, havia sido cercada pelos soviéticos nos pântanos próximos ao rio Berezina.
Segundo a mensagem, os soldados, leais ao juramento e ao Führer, não estavam dispostos a se render. O comando da unidade cercada estaria sob o tenente-coronel alemão Heinrich Scherhorn.

Era o início da Operação Berezina, plano montado pelos serviços secretos da União Soviética sob orientação de Joseph Stalin. O objetivo era enganar os alemães, criando a ilusão de que unidades suas ainda operavam na retaguarda soviética — forçando o inimigo a deslocar recursos para apoiá-las.
A Wehrmacht decidiu então mobilizar uma grande força militar para a retaguarda. Mas a unidade de Scherhorn não existia. O verdadeiro tenente-coronel, ex-comandante de regimento, havia sido capturado na região de Minsk e convencido a colaborar com os soviéticos.
Scherhorn passou a atuar com dezenas de ex-prisioneiros de guerra e antifascistas alemães, sob o comando de uma força-tarefa da inteligência soviética. Vinte soldados soviéticos armados com submetralhadoras foram designados para apoiar a missão.
A localização e os acessos do falso destacamento eram vigiados por patrulhas militares, e diversas peças de artilharia antiaérea foram posicionadas na área, camufladas para evitar detecção.
Confira a história completa: Operação Berezina: como a URSS enganou os nazistas com unidade militar fantasma — RT Brasil

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