As fundações partidárias são organismos destinados a estudar o Brasil e formular teoria e prática de políticas públicas para que os partidos a que são vinculadas possam intervir na consecução dos seus propósitos políticos.
Quando sete delas – Maurício Grabois; Claudio Campos; Perseu Abramo; João Mangabeira; Leonel Brizola e Alberto Pasqualini; Lauro Campos e Marielle Franco e da Ordem Social – se reúnem por mais de dois anos no Observatório da Democracia, em 21 encontros temáticos, e chegam a um consenso na busca de um novo caminho para o Brasil em defesa da vida, do desenvolvimento e da soberania nacionais, é motivo de júbilo para os brasileiros.
O conjunto de intelectuais tratou dos muitos temas de interesse da nacionalidade, mas dois obviamente se sobrepõe nos dias de hoje: as crises sanitária e econômica.
Diante da morte de 125 mil brasileiros, o governo do “E Daí?” tem preferido negar a ciência e a experiência internacional de combate ao vírus para agora afirmar pela desnecessidade da vacina, após classificar a grave pandemia de “gripezinha” e desfazer do isolamento social como arma que poderia ter evitado muitas das mais de 3,8 milhões de infecções no país.
A resposta do documento produzido para conter o vírus é pela vigilância epidemiológica, manutenção do isolamento social, suspensão das aulas e testagem em massa.
Não só muitas pessoas têm morrido pela inação oficial. Milhares de empresas e milhões de empregos deixaram de existir no Brasil. 40 milhões de brasileiros em condições de trabalhar não encontram ocupação no mercado de trabalho. E o que já era declinante no primeiro trimestre, desabou nos três meses seguintes. Foram 9,7% de queda do PIB, 12,3% a menos de produção industrial, 12,6% a menos de consumo das famílias e um encolhimento dos investimentos em 15,4%.
A resposta ministerial? Menos Estado, menos serviços e servidores públicos, menos ciência e tecnologia. Uma politica econômica que pode condenar o Brasil a exportador de commodities de baixo valor agregado.
Muito das saídas apontadas já foram tratadas aqui: reforma tributária progressiva para transferir os tributos da base para o topo da pirâmide social; prosseguir o auxílio emergencial até o fim do ano com os mesmos R$ 600; aumentar os investimentos públicos; e reindustrializar o país, a começar pela saúde.
Dinheiro para financiar? Mais uma vez o mundo deu a lição: expansão monetária voltada à defesa da vida e do emprego.
Mas o documento fundacional vai mais além. Ante às repetidas ameaças ao Estado de Direito , a união do Brasil pela Democracia é a tarefa primeira dos que querem fazer desse imenso país uma grande Nação, soberana e independente.
Leia a íntegra do documento.
Participaram do lançamento os dirigentes fundacionais Alexandre Navarro, Aloísio Mercadante, Francisvaldo Mendes de Souza, Gastão Dias Vieira, Manoel Dias, Nilson Araújo de Souza e Renato Rabelo, bem como a vice governadora de Pernambuco Luciana Santos e os deputados federais Alessandro Molon e Paulo Teixeira.
Um comentário em “Em defesa da vida, da democracia e do emprego”